Franklin deixou Inglaterra em 19 de maio de 1845, aos 59 anos, liderando dois navios, o HMS Erebus e o HMS Terror, e uma tripulação de 134 homens, com a missão de encontrar uma passagem que ligasse o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico, através do Ártico canadiano.

Os navegadores tentaram, sem sucesso, desde o século XVI, encontrar uma rota que permitisse o comércio entre a Europa e a Ásia sem navegar pela América do Sul, e a tentativa de Franklin, talvez a mais famosa de todas, também falhou e teve um fim trágico.

Um navio baleeiro foi o último a avistar o Erebus e o Terror, em julho de 1845, na costa oeste da Groenlândia.

A partir de então, o seu rasto desapareceu completamente até mais de uma década depois, em 1854, quando o explorador escocês John Rae soube através de um grupo de caçadores inuítes o destino dos homens de Franklin, que ficaram presos no gelo e recorreram ao canibalismo, antes de morreram.

A determinação de Jane Griffin, mulher de Franklin, em saber o paradeiro da expedição motivou mais de 25 missões de busca nas décadas seguintes que, embora não tenham conseguido localizar os navios, contribuíram decisivamente para a expansão dos mapas do Ártico.

Os restos do HMS Erebus foram finalmente encontrados em 2014, perto da Ilha King William, no Canadá, enquanto o HMS Terror apareceu em 2016 na mesma área.

As imagens leiloadas pela Sotheby's esta quinta-feira foram tiradas entre 15 e 17 de maio de 1845, em Londres, quando as técnicas fotográficas ainda estavam nos seus primórdios.

Nas fotografias aparecem, pela última vez, Franklin e outros treze integrantes da expedição que partiria poucos dias depois para nunca mais regressar ao Reino Unido.