As cinco vítimas foram encontradas mortas no dia de Natal na sua residência de Meaux, 40 km a leste da capital francesa.

As autópsias mostram que a mãe, de 35 anos, e a filhas de 10 e 7 anos foram "vítimas de dez facadas cada", "desferidas com muita violência", explica um comunicado divulgado pelo procurador de Meaux, Jean-Baptiste Bladier.

Os meninos, de 4 anos e 9 meses, "morreram de asfixia por afogamento", acrescenta a nota.

O suspeito confirmou os ataques nos interrogatórios e declarou que não sabia "identificar o elemento que desencadeou o seu ato", disse o procurador.

"Ele explicou que, desde os acontecimentos, 'não sentia nada' e 'se sentia vazio", acrescentou Bladier.

A questão do acompanhamento psiquiátrico do homem, que estava em tratamento para transtornos psicóticos e depressivos, também foi abordada.

"Ele afirmou que costumava tomar medicação diariamente, a qual era obrigado a seguir num contexto não judicial desde 2019, mas que não o fez no dia 24 de dezembro", explicou o procurador.

A data exata da tragédia não foi divulgada pelo MP.

Os polícias encontraram os corpos na segunda-feira (dia 25) à noite em diferentes divisões da residência da família, uma "cena de crime de grande violência", segundo o MP.

As autoridades foram alertadas por vizinhos que estavam preocupados com a falta de notícias da mãe.

O procurador Bladier solicitou a apresentação de uma acusação formal e o decreto de prisão preventiva do pai de família no âmbito da investigação aberta por "homicídios voluntários de menores de 15 anos" e "homicídio voluntário cometido pelo cônjuge".