Não foram relatados quaisquer feridos nos EUA provocados pelo furacão Maria, que atingiu principalmente as ilhas que formam os Outer Banks da Carolina do Norte, elevando o nível da água, lançando ondas fortes contra as frágeis ilhas e passando por cima da única estrada que liga a ilha Hatteras ao continente.

Enquanto os ventos mais pujantes do Maria permaneceram no mar, os ventos de força tropical da tempestade prolongaram-se em terra, agitando as ondas em ambos os lados das ilhas.

O Maria deslocou-se lentamente na segunda e terça-feira, antes de acelerar para o mar no final do dia de quarta-feira, enfraquecendo e passando a tempestade tropical no início do dia de hoje.

As autoridades esperam que as condições melhorem hoje nos Outer Banks, para que as escolas possam reabrir, a areia ser removida das estradas e os barcos que fazem a ligação à ilha de Ocracoke possam voltar a funcionar.

Ao início da manhã de hoje, o Maria estava cerca de 440 quilómetros a leste-nordeste do Cabo Hatteras.

Desde que o furacão Harvey se formou no Golfo do México, no passado dia 24 de agosto, os meteorologistas têm vigiado o Atlântico por causa de eventuais fenómenos meteorológicos que possam ameaçam os Estados Unidos ou as ilhas das Caraíbas.

Mas o Centro Nacional de Furacões prevê que o Maria e o furacão Lee, que se fortaleceram e passaram a furacão da categoria 3 na quarta-feira, antes de enfraquecerem para categoria 2, no Atlântico, seguiram rapidamente para leste, para águas mais frias e longe da região.

O Maria atingiu Porto Rico com força de categoria 4, devastando a ilha. À medida que a tempestade se dirigia para o norte e para o oeste, as autoridades da Carolina do Norte pediram que mais de 10 mil turistas deixassem Hatteras e Ocracoke devido à possibilidade de inundações.

Entretanto, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no início da semana que vai deslocar-se a Porto Rico no próximo dia 03 de outubro.

O anúncio surgiu numa altura em que a administração norte-americana tem recebido fortes críticas por causa da sua reação aos danos provocados pelas recentes intempéries em Porto Rico, ilha com mais de três milhões de cidadãos norte-americanos

Após a passagem dos furacões Irma e Maria durante o mês de setembro, a ilha de Porto Rico está a enfrentar uma escassez de alimentos, água potável e de combustível.

A rede de eletricidade está destruída e as comunicações naquele território estão gravemente comprometidas.

Porto Rico, onde o furacão Maria fez pelo menos 13 mortos, enfrenta uma “catástrofe humanitária”, segundo alertaram as autoridades locais, que recordaram que os porto-riquenhos têm enfrentado os efeitos de ventos fortes, inundações e chuvas torrenciais.