O presidente americano Donald Trump conseguiu obter do G20 a redação de uma declaração final que "toma nota" da saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris e que permite que o país adote uma política divergente sobre o clima.

Segundo a Reuters, uma declaração final acordada pelos líderes do Grupo expôs uma divisão entre os Estados Unidos e outros membros do G20 no acordo climático de Paris.

"Tomámos nota da decisão dos Estados Unidos da América de retirar-se do Acordo de Paris", diz o comunicado. "Os líderes dos outros membros do G20 afirmam que o Acordo de Paris é irreversível".

No que diz respeito ao comércio, os líderes concordaram em "combater o protecionismo, incluindo todas as práticas comerciais injustas e reconhecer o papel dos instrumentos legítimos de defesa comercial a esse respeito".

Segundo noticia a AFP, foi uma forma de isolar os EUA neste assunto: “Regozijo-me muito que todos os outros chefes de Estado e governo” mantenham os acordos de Paris, declarou à imprensa a chanceler alemã Angela Merkel, anfitriã da cimeira.

Ao mesmo tempo, os Estados Unidos, liderado por Donald Trump, fizeram uma concessão.

A declaração final diz que os Estados Unidos vão “esforçar-se para trabalhar estreitamente com outros parceiros para facilitar o seu acesso e a utilização mais apropriada e eficaz das energias fósseis e os ajudar a desenvolver energias renováveis e outras fontes de energia limpa”.

Esta passagem cria uma situação inédita no G20, que valida assim o facto de um dos seus membros poder desenvolver uma política individual, contra a corrente dos outros membros.

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