O presidente do partido Sonho Georgiano, Irakli Kobakhidze, avançou numa conferência de imprensa a decisão da Geórgia “de fazer imediatamente o ato de candidatura para a entrada na União Europeia (UE)”, acrescentando que Tbilisi pediu a Bruxelas uma consideração “urgente” sobre a candidatura e que conferisse à ex-república soviética o estatuto de país candidato à adesão no bloco comunitário.

Este anúncio segue-se ao pedido formal assinado na segunda-feira pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, cujo país enfrenta uma invasão russa, para que a Ucrânia adira à UE através de um procedimento especial.

O chefe de Estado ucraniano foi apoiado pelo Parlamento Europeu, que na terça-feira aprovou por larga maioria uma resolução a condenar a “agressão” da Rússia contra a Ucrânia e a apelar às instituições da UE a “trabalharem para a concessão à Ucrânia de estatuto de candidato à UE”.

A votação foi amplamente observada na Geórgia — país que em 2008 foi alvo de uma intervenção armada russa que resultou na perda de dois territórios separatistas -, como uma janela de oportunidade para a sua própria aspiração de integrar a UE — um objetivo inscrito na sua Constituição.

O Governo de Tbilisi tinha manifestado no ano passado a sua intenção de se candidatar ao bloco comunitário em 2024.

Tal como a Ucrânia, a Geórgia assinou um acordo de associação com a UE, mas que não oferece nenhuma garantia de maior integração.