Um militar e um civil foram hoje assassinados a tiro em Aguiar da Beira, localidade do distrito da Guarda onde também um outro militar e uma civil ficaram feridos com gravidade.

Já na zona de Candal, S. Pedro do Sul, no distrito de Viseu, um outro militar da GNR foi igualmente ferido com uma arma de fogo.

“Em resultado das ações que estão neste momento em curso na zona de São Pedro do Sul, distrito de Viseu, para localizar e deter um indivíduo suspeito da prática dos crimes ocorridos esta madrugada na zona de Aguiar da Beira, a GNR apela a todos os residentes das localidades de Candal, Póvoa das Leiras e Coelheira para se manterem no interior das suas residências, sobretudo durante o período noturno”, refere a nota da GNR.

A mesma comunicação apela aos habitantes destas localidades para que “tranquem todas as portas e janelas das suas residências, não permitindo o acesso a pessoas estranhas, e para em casos suspeitos alertarem de imediato a GNR, através do número de telefone 232467940 ou do número de emergência 112”.

“De igual forma e por motivos de segurança recomendamos a não utilização da Estrada Nacional 326, que faz a ligação entre as localidades de S. Pedro do Sul e Arouca”, acrescenta.

A GNR diz ter no local um “forte dispositivo, composto por militares do Comando Territorial de Viseu, reforçados por militares dos Comandos Territoriais de Aveiro e Guarda e do efetivo da Unidade de Intervenção, nas valências de ordem pública, operações especiais e cinotecnia”.

Também a Junta de Freguesia de Carvalhais e Candal apelou às pessoas para permanecerem em casa.

"A nossa preocupação é que ele se possa meter nas aldeias e faça algum refém", disse o presidente da Junta de Freguesia de Carvalhais e Candal, José Carlos Almeida, aludindo ao suspeito que populares terão avistado.

Na sequência do tiroteio em Aguiar da Beira, a GNR montou uma operação policial na zona de São Pedro do Sul, distrito de Viseu.

A mulher baleada hoje em Aguiar da Beira sofreu um traumatismo cranioencefálico grave e encontra-se no bloco operatório a ser operada, disse à agência Lusa fonte do Centro Hospitalar Tondela-Viseu.

De acordo com o diretor do Serviço de Urgências do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Miguel Sequeira, a mulher foi a terceira vítima dos crimes a dar entrada naquela unidade hospitalar e "deverá ficar internada na unidade de cuidados intensivos após cirurgia".

Já o primeiro a chegar ao Centro Hospitalar Tondela-Viseu foi um militar da GNR de 41 anos, também ele com um traumatismo cranioencefálico causado por arma de fogo.

"O homem foi avaliado pelo Serviço de Otorrinolaringologia, Cirurgia Maxilofacial e Neurocirurgia. Está estável e foi internado no Serviço de Neurocirurgia", informou.

No Centro Hospitalar Tondela-Viseu deu ainda entrada um outro militar da GNR, de 24 anos, que estava morto.

O civil que também morreu foi encontrado sem vida em Aguiar da Beira, junto da mulher que se encontra a ser operada no Centro Hospitalar Tondela-Viseu.