O Comando Territorial do Porto admite que existem constrangimentos orçamentais quanto à reparação e manutenção de viaturas. Deste modo, "é absolutamente proibida a autorização de qualquer serviço/aquisição que origine despesa sem prévia emissão da nota de encomenda". Caso isto não seja cumprido, os militares envolvidos são responsáveis pelo pagamento da despesa em questão, avança o Diário de Notícias (DN) esta terça-feira, 8 de agosto.

Neste sentido, a GNR vai dar especial destaque ao patrulhamento a pé face à utilização de automóveis. Devido ao pouco orçamento, é provável que algumas viaturas sejam inutilizadas, ficando sem manutenção. Nas viaturas disponíveis, o óleo "poderá ser utilizado até mais 5000 km do que o valor definido para a revisão", sendo que depois disto ficará inoperacional.

Um dos problemas em questão é o facto de alguns dos carros utilizados nos postos serem já muitos antigos e a verba disponível continua a ser a mesma apesar de haver mais patrulhas. O ano passado assistiu-se a uma redução de verba quanto aos combustíveis disponíveis para a GNR e a ministra da Administração Interna lembrou que, além dos carros, também existem patrulhas que são feitas a pé.

Em declarações ao DN, César Nogueira, presidente da Associação Profissional da Guarda (APG/GNR), explicou que esta questão do orçamento vem "desde os tempos da Troika", com tendência para se agravar "de ano para ano". Consequentemente, as medidas impostas vão sendo "cada vez mais vulgares" mas "não devem colocar em causa a atividade operacional".