“Nós estamos a trabalhar com as câmaras municipais e com a secretaria do Equipamento Social e com certeza que toda a gente vai ser realojada, não vai ficar ninguém na rua”, afirmou Miguel Albuquerque, questionado sobre se haverá alguma verba extraordinária para os realojamentos.

O presidente do executivo madeirense, de coligação PSD/CDS-PP, falava à margem de uma visita ao Colégio de Santa Teresinha, no Funchal.

“Nós estamos a ver quais são as casas suscetíveis de recuperação. Umas não são suscetíveis e vamos encontrar a solução”, assegurou Miguel Albuquerque, sem adiantar mais pormenores.

O mau tempo que afetou o arquipélago da Madeira nos dias 05 e 06 de junho, por causa da depressão Óscar, colocou a costa sul e as regiões montanhosas em alerta vermelho durante 24 horas.

Nesse período, foi registado o valor máximo histórico de precipitação a nível nacional – 497,5 milímetros –, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), situação que provocou deslizamentos de terras e inundações e colocou em risco várias habitações, resultando num total de 95 desalojados, cuja maioria se encontra em casa de familiares.

No sábado, estavam 37 pessoas no Regimento de Guarnição N.º3 (RG3), no Funchal, de acordo com o comandante da Zona Militar da Madeira, Luís Monsanto.

As primeiras 18 pessoas, residentes na freguesia de Santo António, foram instaladas no RG3 em 06 de junho e, no dia seguinte, chegaram outras 19, vindas do bloco II do Complexo Habitacional do Canto do Muro III, na freguesia de São Gonçalo, uma infraestrutura de habitação social gerida para Câmara Municipal do Funchal.

A autarquia detetou “problemas na estabilidade estrutural” do edifício, agravados pela tempestade, e procedeu à retirada imediata das 14 famílias, no total de 41 pessoas.

A Câmara do Funchal indicou hoje, em comunicado, que tem moradias preparadas para alojar sete das 14 famílias e iniciou o processo de subarrendamento para acolher as restantes.

A autarquia refere que, atualmente, 13 famílias desalojadas estão a ser acompanhadas pela empresa pública regional IHM - Investimentos Habitacionais da Madeira e 14 pela empresa municipal Sociohabita.