“Vamos retirar 150 mil quilos de peixes”, numa operação que “deve custar cerca de 120 mil euros”, mas que visa “não pôr em perigo a qualidade da água das albufeiras”, devido ao seu reduzido armazenamento, disse o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, no final de uma reunião em Évora.

As albufeiras que vão ser alvo desta operação, segundo o governante, são a do Monte da Rocha, em Ourique, no distrito de Beja, a da Vigia e a do Divor, em Redondo e entre Évora e Arraiolos, no distrito de Évora, e a de Pego do Altar, em Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal.

Esta foi uma das principais medidas decididas hoje, em Évora, numa reunião da Subcomissão Regional da Zona Sul, da Comissão de Gestão de Albufeiras, sobre a situação da seca.

A reunião contou com a presença, além do secretário de Estado do Ambiente, dos autarcas de Ourique, Marcelo Guerreiro, e do Redondo, António Recto, assim como de representantes de diversas entidades.

Segundo Carlos Martins, está previsto que a operação de retirada dos peixes comece “já na próxima segunda-feira, se não houver nenhum problema no concurso que foi lançado”.

“Vamos iniciar na próxima semana a retirada de peixes. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) irá assumir os encargos financeiros e a EDIA”, empresa gestora do Alqueva, “será a coordenadora dessa atividade”, revelou.

Esta é, “agora, a principal preocupação” em relação à situação de seca que está a afetar o país, com especial incidência no interior alentejano, disse o governante.

“Se ultrapassarmos a questão da quantidade [de água nas albufeiras], temos que estar muito vigilantes com a questão da qualidade”, vincou.

Os 150 mil quilos de peixe a retirar das barragens vão ter como destino final a produção de “farinha para alimentação animal”, indicou também Carlos Martins, explicando que esta tarefa vai ser efetuada por pescadores.

Os trabalhos “vão ser feitos à pesca, por pescadores, uma vez que não há um acesso direto aos peixes”, afirmou.

Por isso, a duração da operação “depende muito da eficiência desse trabalho” de pesca, mas, atendendo a experiências anteriores e aos “rendimentos que, habitualmente, se obtêm”, deverá prolongar-se “por 15 dias a três semanas”.

Paralelamente, a própria Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) já procedeu à retirada de 12 mil quilos de peixe em duas outras albufeiras do empreendimento que gere, acrescentou Carlos Martins.

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