“Se o Governo não quer ter problemas no futuro, terá que atempadamente ter mais atenção àquilo que nós propomos e, já agora, mais atenção àquilo que os outros partidos pensam porque, independentemente de haver entendimentos sobre algumas matérias, aqui ninguém é refém de ninguém”, avisou hoje Arménio Carlos, falando sobre a descida da TSU.

O sindicalista, que falava à margem de um plenário no Porto, disse ainda que o Governo não se deve esquecer “daqueles que estão com eles para dialogar e, já agora, para resolver os problemas, sob pena de eventualmente, se persistirem no erro, terem mais consequências no futuro”.

Arménio Carlos destacou ainda que o Governo “nunca” deve esquecer que “não há nenhum acordo que tenha impacto e que seja cumprido integralmente se não tiver a assinatura da CGTP”.

“Se o Governo quer dialogar e negociar, bem pode dizer que pode fazer acordos, mas eles não terão validade do ponto de vista do impacto concreto no terreno se não tiver a assinatura da CGTP”, frisou.

Ainda sobre a descida da TSU para os patrões, o secretário-geral da CGTP defendeu a importância de todas as atenções serem concentradas na revogação do decreto-lei que a aprova.

“Esta revogação é muito importante. É importante e deve juntar todos aqueles que dizem que a querem revogar”, destacou, considerando que a descida da TSU é uma forma de incentivar “os baixos salários, o bloqueio da contratação coletiva e a contratação de trabalhadores precários”.

Já hoje, e no final de uma reunião com o grupo parlamentar do PCP, Arménio Carlos disse esperar que os partidos concretizem no parlamento as suas promessas em torno da TSU, considerando que este é o momento certo para revogar esta medida.

A redução da TSU foi aprovada em sede de concertação social entre o Governo e os parceiros sociais – à exceção da CGTP –, a par do aumento do salário mínimo nacional de 530 para 557 euros, que já está em vigor desde 01 de janeiro.

A redução da TSU em 1,25 pontos percentuais pode ser travada pela Assembleia da República em 25 de janeiro, quando serão debatidas as apreciações parlamentares de BE e PCP para evitar a sua entrada em vigor, em fevereiro. O PSD também já anunciou que vai votar ao lado do PCP e do BE.

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