“Devemos tomar todas as medidas adequadas para evitar incidentes como o lançamento de um míssil norte-coreano sobre território japonês”, afirmou Abe, durante um discurso perante responsáveis das Forças de Autodefesa (exército) do Japão.

O primeiro-ministro referia-se ao lançamento de um míssil balístico realizado em 29 de agosto por Pyongyang, anterior ao sexto ensaio nuclear efetuado em 03 de setembro.

Shinzo Abe também sublinhou a importância de “dissuadir a Coreia do Norte de empreender mais provocações”, assinalando em concreto as manobras conjuntas que as tropas japonesas realizam regularmente com os Estados Unidos e Coreia do Sul, em declarações reproduzidas pela emissora pública nipónica NHK.

“Ninguém nos protegerá se não tivermos a mentalidade de nos protegermos a nós mesmos”, enfatizou o líder conservador nipónico que, no entanto, qualificou de “vital” a aliança Tóquio-Washington.

O Japão, tal como a Coreia do Sul, apoia a iniciativa promovida pelos Estados Unidos para impor novas e mais duras sanções internacionais a Pyongyang, estando prevista para esta tarde uma votação do Conselho de Segurança das Nações Unidas de um projeto de resolução.

O primeiro-ministro japonês impulsionou uma reinterpretação da Constituição pacifista do Japão e um pacote legislativo destinado a conceder um papel mais ativo às tropas japonesas, cuja capacidade para usar a força estava limitada pela Carta Magna a um cenário de invasão.

O Ministério da Defesa do Japão propôs, na semana passada, um orçamento recorde para 2018, que traduz o quinto aumento consecutivo sob o atual executivo, e que prevê a aquisição de equipamento específico para travar a crescente ameaça da Coreia do Norte e o auge militar da China no Pacífico.

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