Fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou à agência Lusa que Maria Fernanda Granja Gonçalves Pinheiro assumiu o cargo de titular do vice-consulado de Portugal em Belém do Pará; Susana Isabel Alves da Silva Pereira em Curitiba, e Maria Filipa Carvalho da Silva Mendonça em Porto Alegre.

Ainda de acordo com a tutela, as três nomeadas já se encontram em funções nas respetivas cidades brasileiras.

O conselheiro das comunidades portuguesas na cidade de Belém do Pará, Luís Pina, denunciou no início do mês passado à Lusa a falta de investimento do Governo português nos serviços consulares daquela região, afirmando que era "impossível prestar um bom atendimento".

Segundo o conselheiro, são "muito poucos funcionários para o volume" de trabalho que existe, acrescentando ser "humanamente impossível" trabalhar com tão poucos recursos humanos, assim como é "impossível prestar um bom atendimento".

No entanto, na altura, Luís Pina adiantou que o vice-consulado de Belém do Pará recebia, em média, 40 pessoas por dia, considerando que não adiantava que o executivo português abrisse um concurso para colocar apenas mais um funcionário.

Na opinião do conselheiro, são necessárias, no mínimo, mais três pessoas para integrar a equipa.

Luís Pina revelou ainda que as atribuições de cidadania se encontravam suspensas devido à falta de recursos humanos, situação que gerou revolta entre as comunidades e que, no seu entender, prejudica a imagem de Portugal.

Também o presidente do Conselho Regional da América Central e do Sul, e conselheiro da cidade brasileira de Porto Alegre, António Graça, temia que a situação da sua região viesse a assemelhar-se à de Belém do Pará.

Aquando da entrevista dos conselheiros à agência Lusa, no mês passado, a então vice-cônsul de Porto Alegre, Adriana Melo Ribeiro, ainda não tinha um substituto anunciado pelo executivo nacional, situação que preocupava António Graça devido à grande afluência de utentes àquele posto consular.