Segundo o jornal ECO o governo português vai anunciar ainda hoje novas medidas de apoio às famílias que têm crédito à habitação e que, com a duplicação da prestação da casa no último ano, têm tido dificuldades.

Assim sendo, será introduzida uma "espécie" de nova moratória, segundo o ECO. Esta assume um desconto até 30% sobre a taxa Euribor associada aos contratos de créditos à habitação durante dois anos, por forma a baixar a prestação da casa no presente. Esta benesse, que deverá ser maior quanto mais extensa for a maturidade do contrato, será posteriormente paga de forma escalonada ao longo do tempo de vida do empréstimo à habitação.

O Conselho de Ministros também tem em cima da mesa o  alargamento das medidas e dos apoios à bonificação dos juros do crédito à habitação e à concessão do subsídio às rendas, incluídas no Pacote Mais Habitação. O intuíto de apoiar as famílias faz com que o objetivo seja o seguinte:  alteração da fórmula de cálculo da bonificação dos juros do crédito à habitação, com o Executivo de António Costa a assumir agora como ponto de partida uma taxa fixa de 3%.

Se a atual bonificação dos juros do crédito à habitação é calculada com base na diferença dos juros da prestação atual face aos juros da prestação da casa no momento da contratualização do contrato, acrescido de um “prémio” de três pontos percentuais (taxa de stress), deverá passar a ser assumido que a bonificação tem em conta os juros que resultam da diferença da taxa de juro atual pela taxa fixa de 3%, como avançou o Expresso.

A aprovação destas medidas faz com que mais gente possa tirar benefícios celebrando contratos com taxas de juro negativas (até março de 2022 no caso dos contratos indexados à Euribor a 12 meses), receber mais por mês face ao que estão a receber atualmente. Mas não por ano, pois o limite de 720 euros anuais não deverá ser mexido.