A greve, com serviços mínimos decretados, foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), contra a última proposta de aumentos salariais de 51 euros, que representa uma progressão média na carreira de 3,89%, que a estrutura sindical considera “claramente inaceitáveis”.

Assim, os trabalhadores estiveram em “greve à prestação de todo e qualquer trabalho” das categorias representadas pelo SMAQ, desde as últimas horas do dia 09 e até às primeiras horas de hoje, estando agora prevista uma greve ao trabalho suplementar.

Segundo o sindicato, entre as 00:00 de hoje e as 23:59 de dia 17, está convocada “greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diários que tenham a duração prevista superior a sete horas e 30 minutos, para as categorias Maquinista ou Maquinista Técnico”.

Já entre as 00:00 do dia 11 e as 23:59 do dia 17, fazem “greve à prestação de trabalho a todos os períodos normais de trabalho diário que impliquem entradas e/ou saídas na sede entre as 00:00 e as 06:00, para as de Maquinista ou Maquinista Técnico”, e, entre as 00:00 do dia 14 e as 23:59 do dia 17, “greve a todos os períodos normais de trabalho que tenham a duração prevista superior a seis horas, para as categorias Inspetor de Tração ou Inspetor Chefe de Tração”.

De acordo com um balanço feito hoje de manhã, dos 150 comboios programados entre as 00:00 e as 08:00, foram realizados 87 e suprimidos 63 (42%), refere a empresa em resposta à Lusa.

A CP – Comboios de Portugal indica que estavam previstos 48 comboios regionais, mas não se fizeram 25 ligações, tendo sido realizadas 23.

Quanto aos urbanos de Lisboa, estavam previstos 59, foram suprimidos 19 e efetuados 40.

De acordo com a empresa, nos urbanos do Porto, estavam programados para aquele período 29, foram realizados 19 e suprimidos 10.

Nos comboios urbanos de Coimbra, estavam previstos cinco, foi efetuado apenas um e cancelados quatro.

No que diz respeito aos comboios de longo curso, estavam previstos nove, foram suprimidos cinco e realizados quatro.

O tribunal arbitral decretou serviços mínimos de cerca de 30% a nível nacional, bem como no que seja necessário à segurança e manutenção do equipamento e instalações e de serviços de emergência e comboios de socorro.

Em fevereiro, as greves convocadas por vários sindicatos da CP levaram à supressão de centenas de comboios por dia.