“Quer o Governo, que conduz diretamente a política externa portuguesa, quer o Presidente da República, quer a própria Assembleia da República, estamos a acompanhar o que se passa”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que “até agora não houve nenhum tipo de intervenção ou pronúncia do Governo”, e que acompanha o executivo “nesse entendimento”.

O Presidente da República falava aos jornalistas durante uma visita ao Banco Alimentar contra a Fome, tendo sido questionado sobre os acontecimentos dos últimos dias na Guiné-Bissau.

O ministro das Finanças da Guiné-Bissau, Suleimane Seidi, e o secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, foram detidos preventivamente na quinta-feira, em celas da Polícia Judiciária.

Suleimane Seidi e Antonio Monteiro foram postos em prisão preventiva após seis horas de interrogatórios no Ministério Público, e momentos depois foram retirados das celas pela Guarda Nacional.

Na madrugada de sexta-feira e durante as primeiras horas da manhã do mesmo dia, elementos do batalhão do palácio presidencial e da Polícia Militar atacaram o quartel da Guarda Nacional, de onde retiraram os dois governantes, que conduziram de novo para as celas da PJ e ainda prenderem o comandante daquela corporação, coronel Vítor Tchongo.

Durante o processo, morreram dois militares.