Sissoco regressou hoje a Bissau depois de alguns dias de férias fora do país, interrompidas para participar na 14ª cimeira da CPLP, que decorreu no domingo, em São Tomé e Príncipe, e na qual ficou decidido que a próxima presidência será assumida pela Guiné-Bissau, dentro de dois anos.

O presidente chegou a admitir, em julho, que a Guiné-Bissau podia abdicar da presidência e a dúvida manteve-se até ao final da cimeira de domingo, em que foi confirmada a escolha.

O chefe de estado regressou hoje de férias e, à chegada no aeroporto de Bissau, afirmou aos jornalistas que nunca assumiu “essa posição de não assumir a presidência” da CPLP.

“Penso que é importante assumirmos depois de ser avaliado pelos meus pares em São Tomé, no entanto, não há um diplomacia fixa , tem que se saber também ceder, tomar e dar.

Portugal, Angola, todos eles entenderam que é a vez da Guiné-Bissau e, portanto, é a Guiné-Bissau, porque é o país que assume, não é pessoa”, acrescentou.

Sissoco garantiu que a Guiné-Bissau “pode e tem condições” para esta tarefa e lembrou outros compromissos do país na sub-região africana, nomeadamente a troika que forma com a Nigéria e o Benim na CEDEAO ( Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental).

Vincou ainda que a Guine-Bissau posiciona-se “como futuro presidente do UEMOA”, a União Económico e Monetária do Oeste Africana.

O presidente da Guiné-Bissau disse ainda que nos últimos dias em que esteve ausente do país foi também ao Senegal onde trocou impressões com o homólogo Macky Sal, nomeadamente sobre a instabilidade política no Níger, consequência do golpe militar que derrubou o presidente Mohamed Bazoum a 26 de julho.