O chefe do executivo falava durante uma visita ao Instituto Nacional de Estatística (INE), a entidade que está a conduzir o processo e que recebeu hoje equipamento informático adquirido em Portugal para realizar o 4.º Censo Geral da População e Habitação.

Esta é a primeira instituição que o primeiro-ministro visita desde que tomou posse, em agosto, cuja importância destacou, salientando que “as decisões fundamentadas em matéria de governação e no processo de desenvolvimento dependem muito da existência de estatísticas fiáveis e de qualidade”.

Geraldo Martins afirmou que o INE “está a preparar-se para fazer a cartografia para o próximo recenseamento geral da população, que deverá começar já em 2024”.

“Há 14 anos que não fazemos o recenseamento geral da população, o último foi feito em 2009, e geralmente os recenseamentos são feitos de dez em dez anos”, indicou.

O primeiro-ministro ficou “bem impressionado com o trabalho que o INE está a desenvolver”, salientando que, “apesar de todas as dificuldades do país, tem sido capaz de desenvolver um trabalho interessante”.

Prova disso foi a troca de impressões com os técnicos sobre a inflação registada em agosto, que o chefe do executivo perguntava se estava em 5,6% e ficou a saber que, afinal, foi de 7,2%.

“O que significa que o INE consegue produzir rapidamente os dados e para nós, Governo, isso é importante, porque não podemos dar saltos no escuro, é preciso conhecermos os dados, é preciso saber qual é a situação do país, para, a partir daí, projetarmos aquilo que o Governo pode fazer”, acrescentou.

A cartografia “vai levar mais ou menos dez meses e depois começa a fase do recenseamento”, um processo que vai arrastar-se até 2025, segundo as previsões do primeiro-ministro.

O INE conta com o apoio de vários parceiros para a realização deste trabalho, nomeadamente do Banco Mundial e do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), que financiou o equipamento informático adquirido para o censo.