Segundo o Público, as rendas de novos contratos em Lisboa caíram mais de 2% no último trimestre do ano. Com isto, são já dois trimestres consecutivos de quedas.

De acordo com a Confidencial Imobiliário, citada pelo jornal, "a segunda metade do ano passado veio, assim, travar o ciclo de fortes aumentos das rendas sentidos desde meados de 2022, com variações em cadeia que se posicionaram entre 5% e 10%".

Todavia, os preços ainda continuam altos — e superiores aos que se verificavam no ano anterior. Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, frisa que os aumentos são uma resposta dos proprietários ao pacote Mais Habitação, lançado pelo Governo para o setor.

"A subida vertiginosa das rendas observada a partir de meados de 2022 terá sido, sobretudo, um reflexo da reação dos proprietários aos limites de atualização então impostos aos contratos vigentes, bem como à crescente incerteza no arrendamento, que se agravou com as medidas anunciadas no âmbito do Mais Habitação", explicou ao Público.

Mas não é só em Lisboa que as rendas têm valores altos. Também no Porto esta situação se tem verificado, com a cidade a registar, no quarto trimestre do ano passado, um aumento 0,9% nas rendas em relação ao trimestre anterior, depois da subida trimestral de 3,2% registada entre julho e setembro.

Na prática, paga-se 19 euros por metro quadrado em Lisboa e 15,1 euros por metro quadrado no Porto.