“O número de reféns que temos libertará todos os prisioneiros palestinianos das prisões israelitas”, disse Saleh al-Arourim, um alto funcionário do Hamas, citado pelas agências internacionais.

De acordo com Saleh al-Arourim, o Hamas entrou “nesta batalha preparado para todo o tipo de cenários, incluindo um a longo prazo”, bem como uma possível operação militar terrestre israelita em Gaza.

Por sua vez, as Brigadas Ezzedine Al-Qassam, braço armado do Hamas, disseram que parte dos seus militantes, que se infiltraram em Israel hoje de manhã, realizaram “um ataque simultâneo a mais de 50 posições”, encontrando-se ainda a lutar em cerca de 25.

Já o porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari, informou que as tropas estão agora a combater em 22 locais e que “não há nenhuma comunidade no sul de Israel” onde não tenham presença.

Apesar de já se terem “livrado dos terroristas” em algumas localidades, o porta-voz admitiu que os confrontos continuam em outras.

Para o Exército israelita, o principal objetivo passa agora por “eliminar todos os milicianos que atravessaram a cerca de separação de Gaza com Israel” e que “estão a tentar regressar à Faixa de Gaza”.

Segundo o jornal local Haaretz, “há reféns” nas localidades de Ofakim e Beeri.

O Ministério da Saúde palestiniano anunciou que pelo menos 198 pessoas morreram hoje no contra-ataque israelita na Faixa de Gaza, em resposta à ofensiva do Hamas, na qual também terão morrido, segundo fontes locais, mais de uma centena.

A contagem feita pelo Ministério da Saúde até às 16:20 locais (mais duas horas do que em Portugal), indica que, além dos pelo menos 198 palestinianos mortos, há registo de 1.610 feridos.

Por outro lado, a agência EFE, que cita fontes médicas, dá conta de que mais de 100 pessoas morreram em Israel no ataque surpresa lançado pelo grupo islâmico Hamas – por terra, mar e ar – a partir de Gaza, e que também causou mais de 900 feridos.

O ataque surpresa hoje lançado pelo Hamas contra o território israelita, numa operação com o nome “Tempestade al-Aqsa”, envolveu o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007.