Willie Pye, 59 anos, foi executado com injeção letal às 23h03 locais numa prisão de Jackson. O Supremo Tribunal dos Estados Unidos e a Junta Estadual de Indultos rejeitaram um pedido de clemência apresentado à última hora.

No pedido de clemência, a defesa afirmou que Pye sofria de uma deficiência intelectual – com um QI de 68 – e que viveu uma infância traumática de "profunda pobreza, abandono, violência constante e caos na casa da sua família".

Além disso, segundo os advogados, ele foi mal representado no julgamento por um "defensor público racista e sobrecarregado de trabalho", que já faleceu.

Fye, um afro-americano, foi condenado à morte em 1996 por matar Alicia Yarbrough, uma mulher com quem mantinha relações esporádicas e que raptou e violou juntamente com dois cúmplices.

A sentença tinha sido anulada em 2021 por um tribunal de recurso que considerou que Pye não tinha uma boa defesa pública, uma vez que o seu advogado não mencionou que ele apresentava sinais de deficiência intelectual ou mencionou a sua infância de pobreza e abusos. Mas a sentença de morte foi imposta novamente em 2022.

Pye não gravou uma declaração final, mas aceitou uma oração, informou o Departamento Penitenciário da Geórgia num comunicado.

Esta foi a terceira execução realizada nos Estados Unidos este ano. A pena capital foi abolida em 23 estados do país e suspensa noutros seis: Arizona, Califórnia, Ohio, Oregon, Pensilvânia e Tennessee. Contudo, no ano passado foram registadas 24 execuções nos EUA, a maioria por meio de injeção letal.