No final do interrogatório, o arguido conhecerá as medidas de coação aplicadas pelo juiz.

Fonte da PJ disse à Lusa que o arguido deverá ser indiciado por quatro crimes de homicídio qualificado e um crime de aborto.

O arguido, de 63 anos, terá matado na sexta-feira quatro vizinhos à facada em S. Veríssimo.

As vítimas são um casal de 84 anos (ele) e 80 (ela), uma mulher de 62 anos e outra mulher de 37 anos, grávida de sete meses.

"Neste caso, como a gravidez era visível, além de que o alegado agressor era vizinho da vítima e como tal saberia perfeitamente do seu estado, penso que em causa estarão um crime de homicídio e um crime de aborto", referiu a fonte da PJ.

O homicida confesso já teria prometido vingar-se dos vizinhos no âmbito de um processo em que foi condenado por violência doméstica, por não testemunharem a seu favor.

"Já tinha ameaçado que se vingaria", disse o presidente da Junta de Freguesia de S. Veríssimo, João Abreu, aos jornalistas.

As agressões à filha e à sogra, com um ferro, registaram-se em março de 2015.

Por esse processo, o homem foi condenado numa pena de prisão de três anos e dois meses, suspensa na sua execução, pelo que ficou em liberdade.

Desde então, e segundo vários testemunhos recolhidos no local dos homicídios, o homem ameaçou vingar-se quer de quem se recusou a testemunhar em seu abono, quer de quem foi a tribunal dar conta de ter presenciado as agressões.