“A nossa expectativa é que este incêndio durante a noite, madrugada, possa ficar dominado”, assumiu o comandante, Miguel Ângelo David ao fazer um ponto de situação do incêndio que deflagrou pelas 12h24.

Neste momento, referiu, está “apenas uma frente ativa, com cerca de 1.200 metros”, e “não há populações em risco e não houve habitações afetadas”.

“A nossa convicção e estamos empenhados e motivados em conseguir fazer esta operação durante a noite”, realçou.
Segundo contabilizou, este “incêndio tem a trabalho 462 operacionais, com 142 veículos e estão também a operar quatro máquinas de rasto”.

O comandante sub-regional de Viseu Dão Lafões esclareceu que houve quatro pessoas retiradas “que não teve a ver com uma situação direta do incêndio, mas teve a ver com uma situação de ansiedade”.

Miguel Ângelo David referiu, em conferência de imprensa, agendada para as 23:00, que se tratavam de “quatro crianças com a mãe grávida” e “foram retirados apenas por precaução, devido a esta ansiedade”.

“Temos um total de seis assistidos, destes, dois são civis e os restantes são bombeiros e tem a ver, essencialmente, com questões relacionadas com o fumo e com o calor”, referiu.

O comandante admitiu que “o combate, durante o dia, foi um combate muito difícil, devido às condições meteorológicas e à orografia do terreno, mas os operacionais têm estado a dar uma resposta muito positiva”.

Isto, continuou, num dia em que o Comando Sub-regional Viseu Dão Lafões registou “12 incêndios rurais, envolvendo 1.115 operacionais e 333 veículos”.

O presidente da Câmara Municipal de Nelas, no distrito de Viseu, confirmou que o pavilhão municipal, situado na vila, onde foi montado um centro de acolhimento, “continua com 16 pessoas que vão lá pernoitar, por uma questão de precaução”, apesar de admitir que “o número pode mudar”.

“O incêndio andou junto às suas casas, mas já não há perigo. Já foi feito o rescaldo e é seguro, mas dado o calor no local, o cheiro e o fumo as pessoas vão pernoitar no centro de acolhimento onde também já lhes foram facultadas refeições”, explicou Joaquim Amaral.

Joaquim Amaral acrescentou que o município “tem um levantamento feito das instituições, pessoas que estão acamadas e dos cuidadores informais” do concelho e que “está a ser feita uma monitorização contínua e regular para avaliar” a situação.

O alerta do incêndio foi dado às 12:24, segundo o Comando Sub-regional Viseu Dão Lafões, e, na anterior atualização, pelas 20:00, no local estavam 462 operacionais apoiados por 137 veículos.

A Estrada Nacional 231 (EN 231), que liga Nelas a Seia, distrito da Guarda, mantém-se “cortada por uma questão de operacionalidade” dos veículos dos bombeiros, desde o início do incêndio.

Segundo fonte da GNR, “em alternativa, deve ser usada a EN 231-2, que liga Canas de Senhorim a Nelas, ou então a EN 234”, que liga Mangualde (Viseu) a Mira (Coimbra), conhecida pela Estrada do Luso.