A GNR confirmou esta segunda-feira, ao início da noite, que o balanço de vítimas mortais aumentou para 64. O balanço anterior apontava para 63 mortos. O número atualizado de vítimas mortais foi confirmado pelo tenente-coronel da GNR Carlos Ramos aos jornalistas pelas 20:00, sete horas após o último balanço oficial que era de 62 vítimas. Pelas 17:00, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Jaime Marta Soares, comunicou a morte de um bombeiro voluntário da corporação de Castanheira de Pêra, aumentando para 63 o número de mortos.

A 64.ª vítima mortal é, segundo o tenente-coronel da GNR Carlos Ramos, um habitante da localidade de Pobrais, no concelho de Pedrógão Grande.

A GNR não adianta, porém, se há vítimas de nacionalidade estrangeira. A questão surge depois de o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês ter anunciado em comunicado que um cidadão francês está entre as vítimas mortais do incêndio florestal que deflagrou no sábado em Pedrógão Grande.

As autoridades não avançaram com um novo balanço de feridos, fixando-se em 134, a maioria com ferimentos ligeiros.

Também no balanço das 20:00, o comandante operacional da proteção civil, Elísio Oliveira disse que a tarde foi "bastante difícil, com situações complexas que ainda se mantêm". “É uma tarde bastante difícil, com situações complexas, que ainda se mantêm e são situações que nos preocupam”, afirmou. Segundo este responsável, na zona de Pedrógão Grande há algumas populações que “inspiram cuidado”.

70% do incêndio já está dominado, mas os 30% ainda ativos inspiram cuidados, adiantou, reiterando a necessidade de que as populações cumpram as indicações das autoridades. "Os aglomerados populacionais são bastantes dispersos, vamos continuar com este trabalho difícil", disse.

O fogo, que deflagrou às 13:43 de sábado, em Escalos Fundeiros, concelho de Pedrógão Grande, alastrou depois aos concelhos vizinhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, e entrou também no distrito de Castelo Branco, pelo concelho da Sertã.

Além de Pedrógão Grande, existem quatro grandes fogos a lavrar nos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco. Em todo o País, os fogos mobilizam um total de cerca de 2.155 operacionais, 666 veículos e 21 meios aéreos.

Marcelo evita “mais frentes” que não o combate ao fogo e o apoio às vítimas

Pela terceira vez em dois dias, o Presidente da República pediu que não se arranje "mais uma frente" de combate, com a discussão sobre o que fazer para evitar incêndios como o que começou em Pedrógão Grande.

Primeiro na sua mensagem ao país, no domingo, e hoje, por duas vezes, na sua segunda visita à zona afetada pelos incêndios, pediu para que essa "reflexão" se faça mais tarde.

A fórmula foi idêntica em Avelar (Ansião) e em Cernache do Bonjardim, com Marcelo a pedir que não se faça a discussão por enquanto.

"Estamos no momento de combate em que, a pouco a pouco, vamos conseguindo controlar a situação", disse o chefe de Estado, pedindo que não se junte "mais uma frente" à "frente" de combater as chamas e apoiar as vítimas.

Depois, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa em Avelar, mas também em Cernache, haverá "todo o tempo do mundo para falar de causas, reflexões".

De críticas, Rebelo de Sousa respondeu com um sorriso quando uma jornalista lhe perguntou se não se chateava quando o criticavam por ir distribuir beijos.

Nestes momentos de dor, "os afetos ou chamem-lhe o que quiserem", são necessários.

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