Um incêndio florestal deflagrou na noite de sábado numa zona de pinheiros e de culturas de Moguer (Huelva), tendo penetrado no Parque Natural de Doñana, e está a ser combatido por mais de 550 operacionais do Infoca (o serviço andaluz de extinção de incêndios), da Unidade Militar de Emergências (UME) e do Consórcio Provincial de Bombeiros, apoiados por mais de duas dezenas de veículos e cerca de 25 meios aéreos.

Segundo fontes dos municípios afetados, citadas pelo jornal El Pais, foram cortadas três estradas, entre elas a A-494 e A-483, que ligam a Matalascañas, uma estância no coração do núcleo turístico no Parque Nacional de Doñana, deixando 50.000 pessoas dependentes da reabertura, mas com as autoridades a assegurar que não correm risco.

A conselheira de justiça e do interior da Junta de Andalucía, Rosa Aguilar, apelou à tranquilidade das populações que aguardam a reabertura das estradas. Na zona está um contingente de cerca de 80 guardas civis que estão a gerir o trânsito e a prestar auxilio às cerca 2.000 pessoas que ficaram desalojadas na sequência do fogo (sobretudo de alojamentos turísticos).

Também a praia de Matalascañas está temporariamente isolada, à espera que o incêndio dê uma trégua aos milhares de turistas que "aguardam indicações para pegar nos carros, sem saber para onde ir".

"Matalascañas só tem duas vias de acesso, a estrada que une com Mazagón, que está cortada – e bem - desde cedo, e que leva a Rocío e a Almonte, onde se apanha a autoestrada que leva a Sevilha. Não há por onde sair", explicou à agência de notícias espanhola EFE, Gregorio Corbalán, habitante do município.

Esta estância balnear hospeda frequentemente milhares de visitantes de cidades vizinhas, especialmente de Sevilha, que passam o fim de semana em hotéis ou a acampar na área.

De acordo com a EFE, da praia não se vê o incêndio, apenas os aviões bombardeiros que recolhem água do mar.

"Disseram-nos que é muito difícil que o fogo chegue até aqui, embora o acampamento de Mazagn, que é a 10 quilómetros tenha sido completamente queimado", observou um outro visitante citado pela EFE.

A presidente da Junta de Andalucia, Susana Díaz, já agradeceu na rede social Twitter à população de Matalascañas a sua colaboração "facilitando o trabalho dos operacionais contra o incêndio em torno [do parque] de Doñana".

As chamas obrigaram a retirar os turistas que estavam no hotel Solvasa, os parques de campismo Doñana e Cuesta de la Barca, assim como o Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial do Ministério da Defesa (INTA) na base de El Arenosillo e várias vivendas, segundo o serviço de emergências citado pela EFE.

Segundo fontes do Infoca, a localidade de Mazagón "praticamente esvaziou de gente".

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.