Segundo o autarca, os focos de incêndio naquelas zonas continuam a ser preocupantes.

Momentos antes, em comunicado, a Câmara de Leiria tinha apelado à população para evitar deslocações para os locais onde se registam os incêndios, de “forma a salvaguardar a segurança das pessoas”.

“No domingo à noite, pelas 23:00, foram acionados os planos distrital e municipal de Emergência de Proteção Civil de Leiria. Os incêndios que deflagraram no concelho obrigaram à evacuação de alguns espaços, nomeadamente de lares. Desde logo foram disponibilizados, para alojamento temporário, o pavilhão desportivo do Souto da Carpalhosa, bem como o Regimento de Artilharia 4 de Leiria. Já ontem, a BA5 de Monte Real abriu as portas para acolher a população, também devido à aproximação das chamas”, lê-se na nota.

A autarquia diz também, que, “neste momento, prosseguem os trabalhos de combate aos incêndios em vários pontos do concelho, nas diversas frentes, muito dificultados pelo forte vento que ainda se faz sentir esta manhã de segunda-feira. O município de Leiria apela, igualmente, à colaboração de todos e que sejam respeitadas as orientações que estão a ser fornecidas pelas autoridades públicas”.

“O presidente e o vice-presidente da Câmara Municipal de Leiria têm estado a acompanhar esta situação desde o início, testemunhando o voluntarismo da população, bem como o esforço de todas as forças que estão envolvidas no combate aos incêndios”.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 27 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 vítimas mortais e mais de 200 feridos.