O fogo, que teve início às 14:36 de domingo, está a ser combatido por 111 operacionais apoiados por 33 viaturas, segundo o 'site' da ANPC, consultado pela Lusa cerca das 23:45.

Este incêndio destruiu a grande maioria da Mata Nacional das Dunas de Quiaios, afetando a envolvente das lagoas da Vela e Braças.

A agência Lusa constatou hoje a destruição na mata nacional (que possui cerca de seis mil hectares de floresta) entre as povoações de Quiaios, na Figueira da Foz, e da Praia da Tocha, já no concelho de Cantanhede.

Na Lagoa da Vela, as chamas afetaram, inclusivamente, os nenúfares e outras plantas aquáticas das margens, destruindo postes de iluminação ao longo da estrada florestal e equipamentos de apoio dos parques de merendas ali existentes.

O incêndio estendeu-se aos concelhos de Cantanhede e Mira, a norte da Figueira da Foz.

Dezenas de casas foram destruídas hoje de madrugada em Mira, bem como cinco empresas na zona industrial.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 36 mortos, sete desaparecidos e 62 feridos, dos quais 15 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.