"Não sei porque fazia aquilo. Estou arrependido, tenho de pagar pelo quis fiz", disse o arguido, que está acusado de seis crimes de incêndio florestal, dois dos quais na forma tentada e três crimes de incêndio.

Questionado pelo juiz presidente, o arguido justificou o seu comportamento, alegando que "andava descontrolado" devido à separação da companheira.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), os incêndios ocorreram em diferentes locais da freguesia de Macinhata do Vouga, no concelho de Águeda, onde o arguido reside.

O MP refere que no início do mês de agosto, com o intuito de "causar comoção nos residentes naquela localidade e nas localidades próximas", o arguido decidiu passar a atear vários fogos em terrenos de vizinhos seus.

O arguido atuava durante a noite, ateando fogo com recurso a pinhas secas e um isqueiro e, em alguns casos, ficou a ver os populares a combater o incêndio, nada fazendo para apagar as chamas, indica o MP.

Na maioria dos casos bastou a intervenção de populares para extinguir o fogo, mas em duas situações tiveram de ser chamados os bombeiros para travar a propagação das chamas para zonas florestais e habitações.

O suspeito foi detido em novembro de 2016 pela Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro, encontrando-se desde então em prisão domiciliária, com vigilância eletrónica.

Na altura da detenção, a PJ referiu que os referidos incêndios colocaram em perigo "uma extensa mancha florestal, bem como, em três das situações, estruturas de apoio à agricultura, pecuária e, ainda, casas de habitação".

"Apenas a pronta deteção dos fogos e o seu combate no imediato impediu que os mesmos tivessem consequências de maior", disse a PJ.

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