O número de mortos devido aos incêndios que deflagraram no domingo subiu para 35, revelou a Autoridade Nacional de Proteção Civil , pouco tempo depois de Patrícia Gaspar ter dado conta de 32 vítimas mortais  numa nova atualização preliminar dos dados, feita no briefing das 16h00.

"Relativamente às vítimas mortais temos um total preliminar de 32, neste momento, sendo que há ainda a confirmar em definitivo uma das vítimas identificadas em Coja", afirmou, acrescentando que a vítima por identificar em Salgueiral, distrito de Coimbra, se deve à necessidade de verificar "informações contraditórias" acerca do óbito.

Segundo informação atualizada pela adjunta de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil, o número de mortos nos incêndios subiu para 35 após se confirmar a vítima mortal de Coja (Coimbra), e mais três em Albitelhe, concelho de Vouzela, São Joaninho, Santa Comba Dão, e Couço, Oliveira de Frades.

Estas informações foram transmitidas pela responsável aos jornalistas na sede da ANPC, em Carnaxide, concelho de Oeiras.

Entre as vítimas mortais já confirmadas está um bebé de um mês na Quinta da Barroca, em Tábua, distrito de Coimbra.

No balanço realizado às 16:00, na sede da ANPC em Carnaxide, concelho de Oeiras (distrito de Lisboa), foram ainda contabilizados sete desaparecidos: um na Figueira da Foz, um na Pampilhosa da Serra (distrito de Coimbra), dois em Nelas, dois em Santa Comba Dão e um em Mortágua (distrito de Viseu).

Além das vítimas mortais, o balanço efetuado com o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) permitiu contabilizar 56 feridos, dos quais 16 com gravidade, incluindo um bombeiro.

No balanço da situação operacional, Patrícia Gaspar adiantou que desde o início do dia de hoje se registaram 163 ocorrências de incêndios florestais, com 50 ainda "em curso", que concentravam 3.762 operacionais, apoiados por 1.148 meios terrestres e apenas dois meios aéreos.

Segundo a responsável, mantém-se “a dificuldade de empenhamento" de aeronaves devido "à inexistência de condições para poderem operar".

Durante a tarde eram esperados dois aviões Cannadair, oriundos de Itália, para ajudar ao combate às chamas nos incêndios ainda ativos, dos quais 31 eram considerados como "importantes" devido à sua dimensão e meios mobilizados no combate.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 32 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e cerca de 250 feridos.

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