Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, este município do distrito de Castelo Branco explica que os donativos de roupa pessoal de todo o tipo foram suspensos, uma vez que as necessidades estão, para já, totalmente satisfeitas.

"Neste momento, as maiores necessidades das populações afetadas pelos incêndios são ao nível de materiais de construção, eletrodomésticos, pasto e rações para animais, sementes (aveia, centeio, azevém, trevo), árvores de fruto, alfaias agrícolas e roupas de cama e atoalhados", lê-se na nota.

A autarquia sublinha que os donativos podem ser entregues durante o horário laboral no mercado municipal ou nos armazéns municipais, no caso do alimento para animais.

Adianta ainda que todos aqueles que queiram deixar o seu contributo fora do horário laboral devem contactar previamente o município para agendar doações.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos, perto de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.