A proposta do PCP defende "o alargamento do objeto do grupo de trabalho - acompanhamento da temática dos incêndios florestais -, passando a integrar o acompanhamento da implementação e dos resultados da legislação produzida em matéria de floresta".

Os deputados comunistas pretendem ainda que se "estabeleça a calendarização das suas reuniões e a listagem de audições a realizar para cumprimento das suas funções".

O grupo de trabalho em causa funciona desde setembro de 2016, ainda antes do fogo que deflagrou em Pedrógão Grande em 17 de junho deste ano.

O fogo que deflagrou em Pedrógão Grande só foi extinto uma semana depois, tal como o incêndio que teve início em Góis, causando pelo menos 64 mortos e cerca de 200 feridos. Os dois fogos consumiram perto de 50 mil hectares em conjunto.

Entretanto, centenas de incêndios deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 37 mortos e 62 feridos, dos quais 15 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios, e o Governo decretou três dias de luto nacional.