Numa nota enviada à agência Lusa, a Associação Nacional das Farmácias (ANF) indicou ainda que há outras 37 farmácias sobre as quais não é possível informar quanto à disponibilidade para estarem de serviço por dificuldades de comunicação.

Segundo a associação, houve pelo menos duas farmácias que foram afetadas diretamente pelos incêndios: a farmácia da Lajeosa do Dão, Tondela, e a farmácia Central em Melo, Gouveia.

Estas duas farmácias vão retomar o serviço em instalações provisórias cedidas pelas juntas de freguesia.

A ANF ativou o seu plano de emergência para “garantir o reforço do fornecimento de produtos essenciais à população e bombeiros”, mas a prestação de serviço farmacêutico foi em muitos locais “fortemente condicionada devido ao fumo, calor intenso e aos cortes de comunicações e estradas”.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 35 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.

Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.