"Naturalmente que o Governo vai apreciar [o relatório] e vai certamente acolher e pôr em execução as recomendações pertinentes que vierem a ser sugeridas", afirmou hoje Capoulas Santos aos jornalistas à margem da Cimeira de Inovação na Agricultura (Agri Innovation Summit 2007), que decorre em Oeiras, antes da divulgação do documento.

A Comissão Técnica Independente de análise aos incêndios na região Centro entregou hoje à Assembleia da República um relatório, concluindo que um alerta precoce poderia ter evitado a maioria das 64 mortes registadas no incêndio que começou em 17 de junho em Pedrógão Grande.

Esta manhã, Capoulas Santos disse que na próxima semana estará em Bruxelas uma "nova reprogramação do PDR [Programa de Desenvolvimento Rural] com medidas florestais que visam agilizar e reconfigurar algumas medidas para as quais Portugal dispõe de um envelope financeiro considerável", entre os 250 milhões e os 300 milhões de euros disponíveis até 2020.

Incêndios. Alerta precoce poderia ter evitado maioria das mortes em Pedrógão Grande, diz relatório
Incêndios. Alerta precoce poderia ter evitado maioria das mortes em Pedrógão Grande, diz relatório
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Entre as prioridades está a reforma da floresta, "já que faltam apenas dois diplomas que estão no parlamento": um que será discutido esta sexta-feira e outro, sobre os incentivos fiscais para as organizações florestais que venham a gerir a floresta, será discutido "muito brevemente", disse o ministro.

"E assim teremos todas as condições para pôr em marcha a reforma da floresta e de uma forma muito especial nos sete municípios, mais três que foram adicionados mais tarde, [afetados pelo incêndio] de Pedrógão Grande, para iniciar a experiência piloto", afirmou Capoulas Santos.