Além disso, a ARSC alertou para a necessidade de ser a área da Saúde a articular e a coordenar as ações e medidas que estão a ser desenvolvidas localmente por várias entidades.

Nesta fase, as “prioridades são o reforço das equipas de saúde que já estão no terreno, nomeadamente na área da saúde mental, e a necessidade de ser a Saúde a articular e coordenar as ações e medidas que estão a ser desenvolvidas localmente por várias entidades - autarquias, instituições particulares de solidariedade social, grupos de voluntários”, disse o presidente da ARSC, José Tereso, citado numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.

O responsável salientou ainda “a importância da coordenação das ações para evitar duplicação de intervenções e para uma gestão de recursos mais eficaz”.

A ARSC está a promover hoje reuniões descentralizadas com os municípios afetados pelos incêndios que deflagraram no dia 15, no sentido de continuar a realizar o diagnóstico das necessidades em saúde.

Iniciado de manhã, em Oliveira do Hospital, com as câmaras municipais da área de influência do Agrupamento de Centros de Saúde Pinhal Interior Norte e com a Comunidade Intermunicipal de Coimbra, o ciclo de reuniões prossegue à tarde em Vouzela e na terça e na quarta-feira em Pedrógão Grande e Penacova.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram 44 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.