Em declarações hoje à agência Lusa, Sónia Cunha, de Mondim de Basto, no distrito de Vila Real, contou que decidiu avançar com uma manifestação de solidariedade para com as vítimas dos incêndios depois de ver a cobertura televisiva dos fogos.

“Fiquei cansada de ver tanta desgraça na televisão, de ver comentários no Facebook e sem ver ninguém a tomar uma atitude. Por isso, eu, individualmente – não há nem movimentos nem partidos por trás da iniciativa - decidi avançar para um protesto pacífico”, explicou.

Sónia Cunha explicou que o objetivo do manifesto de descontentamento e de pesar é prestar solidariedade às vítimas, famílias e também aos operacionais que estiveram envolvidos no combate aos incêndios.

“Pedimos às pessoas que no domingo às 11:00 vistam camisolas brancas e vão para as principais praças da cidade de todo o país para silenciosamente e pacificamente se manifestarem em sinal de respeito e solidariedade”, disse.

Sónia Cunha explicou que entretanto teve conhecimento de que existem mais manifestações marcadas para Lisboa e Porto no fim de semana e já contactou através das redes sociais os organizadores para que se juntem todos num só protesto por todo o país e à mesma hora.

“Estou a aguardar contacto dos organizadores de outros eventos do género marcados para sábado em Lisboa e no Porto para ver se é possível. Teria seguramente outro impacto”, disse.

Pelo menos três manifestações contra os incêndios e em defesa da floresta, convocadas através da rede social Facebook, estão marcadas para o próximo fim de semana em Lisboa e no Porto.

Para Lisboa estão marcadas pelo menos dois protestos: a “Manifestação Silenciosa Portugal Contra os Incêndios” e o “Basta! Por um Futuro Sustentável!” e no Porto no domingo o evento “Pela Defesa Da Nossa Floresta E Solidariedade Pelos Que Sofrerem”.

O jornal Expresso notícia hoje a manifestação “De luto e em silêncio: por todas vítimas, por todas as casas destruídas, por todas as árvores ardidas” a realizar no sábado nas sedes de concelho e Parlamento à mesma hora em que decorre a reunião extraordinário do Conselho de Ministros.

Estas manifestações convocadas através do Facebook surgem na sequência da devastação provocada pelos incêndios em Portugal e no seguimento de um protesto que decorreu segunda-feira na Galiza contra os fogos florestais que causaram a morte a quatro pessoas.

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 36 mortos, sete desaparecidos e 62 feridos, dos quais 15 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

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