“Após o levantamento do embargo (das Nações Unidas) à compra de armas convencionais em outubro de 2020, o Irão finalizou o contrato para comprar caças Sukhoi Su-35”, revelou a representação da República Islâmica na ONU, citada pela agência iraniana IRNA.

As autoridades iranianas não indicaram quantos Sukhoi Su-35 o Irão vai adquirir ou quando os vai receber.

Os “Sukhoi Su-35 são tecnicamente aceitáveis para o Irão (…) e a Rússia anunciou que está pronta para vendê-los”, acrescentou apenas a IRNA.

As relações entre o Irão e a Rússia reforçaram-se no último ano, desde a invasão russa da Ucrânia, em questões económicas e políticas, mas também militares, com Kiev e os seus aliados ocidentais a acusarem Teerão de fornecer ‘drones’ (aparelhos voadores não tripulados) que as tropas de Moscovo usam na sua ofensiva militar.

Os Estados Unidos, inimigos do Irão, ameaçam com pesadas sanções qualquer país que negocie com as forças iranianas, particularmente os Guardas da Revolução, o exército ideológico da República Islâmica que consta da lista negra de Washington como uma “organização terrorista”.

A força aérea iraniana já tem cerca de 300 aviões de combate, incluindo russos (MiG-29 e Su-25) e chineses (F-7) ,mas também norte-americanos (F-4, F-5 e F-14) e franceses (Mirage F1), e alguns HESA Saeqeh, uma versão iraniana do F-5 norte-americano, de acordo com especialistas.

Além disso, Teerão e Moscovo tinham celebrado um contrato em 2007 para a entrega do sistema antimíssil russo S-300, mas em 2010 Moscovo suspendeu a venda ao abrigo de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU contra o programa nuclear iraniano.

Em 2015, pouco antes de um acordo internacional sobre esse programa nuclear, que atualmente está outra vez em causa, Moscovo autorizou novamente a entrega dos S-300.

O Ministério da Defesa do Irão disse em maio de 2016 que o país estava “em posse do sistema estratégico S-300”.