Mais de 2.700 pessoas ficaram feridas e 50 pessoas estão oficialmente registadas como "reféns ou desaparecidas", disseram as autoridades israelitas.

O último balanço oficial israelita dava conta de 900 mortos.

Na terça-feira, Israel anunciou ter recuperado parcialmente o controlo da fronteira com a Faixa de Gaza, que se encontrava cercada e bombardeada por ataques israelitas.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, descreveu a ofensiva maciça lançada pelo Hamas contra Israel no sábado como "uma selvajaria sem precedentes desde a Shoah [Holocausto]", prometendo que o país ia "vencer com força, muita força".

A ofensiva suscitou uma condenação internacional generalizada, bem como preocupações quanto à possibilidade de um ataque terrestre a Gaza.

Israel, que anunciou a evacuação das zonas fronteiriças, impôs um "cerco total" a Gaza e suspendeu o fornecimento de água, eletricidade e alimentos ao enclave palestiniano.

Na terça-feira, disparos de foguetes, reivindicados pelo Hamas, voltaram a ser feitos a partir do sul do Líbano em direção a Israel, provocando uma resposta de Israel, que afirmou ter atingido posições do partido xiita libanês Hezbollah (pró-iraniano) aliado do movimento palestiniano.

Numa outra frente, o exército israelita afirmou ter disparado projéteis contra a vizinha Síria, a partir dos montes Golã, na terça-feira à noite, em resposta a "projéteis disparados" contra o território ocupado por Israel desde 1967.

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, ameaçou executar os reféns raptados em Israel, incluindo jovens capturados durante um festival de música.

Os combatentes palestinianos que invadiram o festival, no sábado, massacraram 250 pessoas e mataram também "mais de 100 pessoas" só no 'kibutz' de Beeri, segundo a organização não-governamental Zaka, que ajudou a recolher os corpos.

Na madrugada de sábado, depois de terem atravessado a barreira fronteiriça que Israel considerava intransponível, centenas de combatentes do Hamas invadiram as cidades do sul do país, indo de casa em casa, matando a tiro ou raptando cidadãos.

Durante esta ofensiva terrestre, aérea e marítima, numa escala sem precedentes desde o nascimento do Estado de Israel em 1948, levada a cabo em pleno Shabbat, o dia de descanso semanal dos judeus, e no último dia das celebrações do Sukkot, o Hamas disparou milhares de foguetes.

No total, a guerra já causou mais de três mil mortos, entre civis, soldados israelitas e combatentes palestinianos.
Do lado palestiniano, 830 pessoas morreram, de acordo com as autoridades locais.