O texto, conhecido pela agência France Presse, surge depois da rejeição de dois projetos de resolução concorrentes dos Estados Unidos e da Rússia sobre o futuro do grupo de especialistas da ONU e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) que investigam alegados ataques químicos na Síria.

O Conselho de Segurança da ONU rejeitou uma proposta russa para prolongar e alterar o mandato da investigação internacional sobre o uso de armas químicas na guerra civil da Síria.

Só quatro nações votaram favoravelmente a proposta, submetida pela Bolívia, mas eram precisos nove para que passasse.

Antes desta votação, a Rússia tinha vetado outra resolução dos Estados Unidos para prolongar o atual dispositivo de investigação, que Moscovo acusa de ser parcial e ter cometido erros graves.

A resolução norte-americana recebeu onze votos a favor, dois contra (Rússia e Bolívia) e duas abstenções (China e Egito). O voto negativo da Rússia, proveniente de um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido), constituiu um veto.

Este é o décimo veto russo em relação à Síria, cujo regime é apoiado pela Rússia.

O texto russo exigiu uma revisão da missão do grupo e um congelamento do seu último relatório, envolvendo o regime de Bashar al-Assad num ataque de gás sarin em abril.

Washington, apoiado pelos europeus, opôs-se e pediu sanções contra os responsáveis pelo uso de armas químicas na Síria.

Cerca de uma hora antes da votação, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, escreveu na rede social Twitter que todo o Conselho de Segurança da ONU devia votar para renovar o mandato do grupo, de modo a “assegurar que o regime de Assad nunca mais possa cometer assassinatos em massa com armas químicas”.