No debate parlamentar quinzenal com o primeiro-ministro, Jerónimo de Sousa condenou a postura da agora oposição, protagonizada pelo social-democrata Pedro Passos Coelho e pela democrata-cristã Assunção Cristas, que foram "impiedosos com aqueles que trabalhavam" e "fecharam os olhos" à "banca, aos ricos e poderosos".

"Já ouvimos aqui que não sabiam de nada. Moral da história, a culpa morre solteira ou então foi a empregada da limpeza que avariou o computador aquando do processo de limpeza...", declarou o líder comunista, bem-humorado.

O primeiro-ministro, António Costa, considerou "absolutamente escandalosa" a recente notícia sobre ausência de atuação da Autoridade Tributária e Aduaneira relativamente a cerca de 10 mil milhões de euros transferidos para ‘offshore', que já motivaram a chamada ao parlamento do atual e do anterior secretários de Estado dos Assuntos Fiscais e levaram o Presidente da República a apoiar que se apure o sucedido.

"É absolutamente escandaloso que um Governo que não hesitou e não aceitou em acabar com a penhora da casa de família [por dívidas ao Fisco], tenha tido a incapacidade de verificar o que aconteceu com 10 mil milhões de euros no país", lamentou.

Para António Costa, o executivo PSD/CDS-PP foi "implacável a rever dias de atraso no pagamento do Imposto Único de Circulação, em 2012 e 2013, em multar e autuar quem não pagava uma portagem de autoestrada, como se não visse a floresta à sua frente".

O líder da oposição e presidente do PSD, Passos Coelho, respondeu, visivelmente irritado nesta altura, em aparte, mas foi impercetível o seu discurso dirigido ao primeiro-ministro e de dedo em riste, protestando face às acusações do secretário-geral socialista.

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