A Câmara de Santarém “optou por centralizar todo o acolhimento oficial num mesmo local”, disse à agência Lusa o adjunto da presidência, Emanuel Campos.

O Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, que ocupa uma área total de cerca de 64 hectares, permite a instalação de “tendas, no exterior, e a colocação de um grande número de colchões e sacos-cama no interior”.

Para preparar o acolhimento dos jovens durante a JMJ, que decorrerá na primeira semana de agosto, em Lisboa, com a presença do Papa Francisco, a Câmara prevê investir no CNEMA cerca de 70 mil euros, incluindo os custos do aluguer do espaço e a sua dotação com “sanitários, chuveiros e áreas de apoio”, disse Emanuel Campos.

A autarquia escalabitana está também a preparar a cidade em termos de mobilidade, com “a criação de circuitos que farão a ligação entre o CNEMA e a cidade, nomeadamente às zonas de culto, onde decorrerão algumas missas e outras atividades”.

Os circuitos, que deverão ser assegurados por cerca de oito autocarros, incluirão ainda a ligação aos pontos de acesso aos transportes para Lisboa, entre os quais a estação de caminhos-de-ferro.

Os custos com o aluguer dos autocarros deverão rondar os 10 mil euros, a que se juntarão investimentos “no reforço de contentores e limpeza do espaço público e a criação de pontos de água espalhados pela cidade”.

No total a Câmara prevê gastar “cerca de 100 mil euros” na preparação do concelho para “dar conforto e dignidade aos peregrinos” que ficarem instalados em Santarém.

A autarquia está ainda a “coordenar com as forças de segurança e com a Proteção Civil as respostas em termos de socorro e emergência médica”, estando prevista a criação de postos de apoio quer no CNEMA, quer noutros locais da cidade.

A par deste acolhimento coletivo, a Diocese de Santarém identificou, até agora, 393 espaços e 216 famílias disponíveis para acolherem jovens que participem na JMJ.

A Jornada Mundial da Juventude, o maior evento da Igreja Católica, foi instituída pelo Papa João Paulo II, em 20 de dezembro de 1985, reunindo durante cerca de uma semana milhares de jovens de todo o mundo.

Os participantes são acolhidos, na sua maioria, em instalações públicas (ginásios, escolas, pavilhões) e paroquiais ou em casas de famílias.

Na semana que antecede a JMJ, as dioceses promovem a integração dos jovens nas suas comunidades, permitindo que os participantes possam ficar a conhecer melhor a região e a igreja que os acolhe.