“Não tenho exatamente o número, mas penso que andamos já à volta das mil famílias inscritas. Nesta reta final, penso que será de um crescendo contínuo de inscrições, porque as pessoas começam a ver do que é que se trata, começam a ter a presença dos símbolos que ajudam a compreender o que é este fenómeno e, portanto, penso que vamos conseguir muitas famílias”, referiu.

De acordo com Virgílio Antunes, a Diocese de Coimbra tem a expectativa de acolher cerca de 20 mil jovens.

“Foi o número que nós disponibilizámos, mesmo assim, já vai ser muito difícil acolher os entre 15 a 20 mil que se inscreveram, de muitos países do mundo. Coimbra tem tido uma procura muito grande, penso que pelo nome da Universidade de Coimbra”, acrescentou.

O número de famílias inscritas, até ao momento, é insuficiente para receber tantos jovens. No entanto, foram acautelados vários locais de acolhimento, entre os quais escolas, centros sociais, instalações dos bombeiros ou pavilhões polidesportivos.

“Fizemos antes as contas e, com a colaboração das autarquias, das juntas de freguesia, dos grupos desportivos, das associações, dos bombeiros, vamos ter capacidade. Com toda a certeza, ninguém vai ficar sem um teto para repousar e estamos a trabalhar arduamente para que tudo corra bem”, sustentou.

O bispo de Coimbra aproveitou para evidenciar que um dos melhores acontecimentos para uma família “é poder receber em sua casa jovens de outro país, que têm a mesma intenção, que têm a mesma vontade de participar e, portanto, não há que ter medo”.

“Costumo dizer sempre que os jovens que nós recebemos são como os jovens que nós temos na nossa casa e, portanto, são jovens bons, com boa vontade. Há que abrir as portas”, apelou.

No que toca a voluntários, informou ainda que a Diocese de Coimbra conta já "com muitos inscritos".

“Agora, como isto é um acontecimento com uma grandiosidade única e com tantas necessidades de pessoas que cooperem, que organizem, que se disponibilizem para os mais variados serviços, os voluntários nunca serão demais. Apelamos para que haja muitas pessoas generosas que se tornem voluntários”, concluiu.

Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 1 e 6 de agosto, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

A edição deste ano, que será encerrada pelo Papa, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de covid-19.

O Papa Francisco foi a primeira pessoa a inscrever-se na JMJLisboa2023, no dia 23 de outubro de 2022, no Vaticano, após a celebração do Angelus. Este gesto marcou a abertura mundial das inscrições para o encontro mundial de jovens com o Papa.

Até ao momento já iniciaram o processo de inscrição mais de meio milhão de jovens.