A juíza Aileen Cannon, responsável pelo processo, rejeitou o pedido dos advogados de defesa para adiar o início do julgamento para depois das eleições presidenciais, marcadas para 5 de Novembro e 2024. Mas também não aceitou a proposta dos procuradores para começar o julgamento já em Dezembro deste ano.

Esta é uma solução de compromisso que, segundo a juíza, dará a ambas as partes, acusação e defesa, a hipótese de analisar e estudar as mais de um milhão de páginas do processo em que Donald Trump responde por desrespeitar o segredo de Estado e levar para a sua residência pessoal documentos confidenciais.

O julgamento decorrerá em plena campanha para as primárias norte-americanas, que decidirão quem será o candidato republicano que irá enfrentar o democrata Joe Biden. E, aos 77 anos, Trump é, para já, o favorito, segundo indicam as sondagens.

Donald Trump está acusado de 37 crimes, incluindo "retenção ilegal de informações de segurança nacional", "obstrução à justiça" e "perjúrio". O antigo presidente já se declarou inocente de todas as acusações e fala em "perseguição" política.

Os presidentes dos Estados Unidos são obrigados por lei a entregar todos os seus emails, cartas e outros documentos de trabalho aos Arquivos Nacionais quando terminam o seu mandato. Além disso, o antigo presidente sempre negou ter quaisquer documentos em sua posse, mas uma investigação do FBI, que terminou com uma busca na sua propriedade de Mar-a-Lago, viria a encontrar documentos confidenciais espalhados por diversas divisões da casa, incluindo na cada de banho.