“Estou contra, vai trazer transtornos à população. Encontrem soluções alternativas. Se é uma questão de contenção de custos, diminuam, por exemplo, os postos em termos de espaço. Mas, agora, não os retirem, pura e simplesmente”, lamentou Fernando Braamcamp, em declarações à agência Lusa.

Para o autarca, poderia haver um posto mais pequeno, desde que não se eliminem estes serviços, “nem que seja só para encomendas”.

“Não podem é prejudicar a população”, insistiu.

O presidente da Junta de Freguesia do Areeiro sublinhou que se o problema dos CTT é a falta de rentabilidade, isso deveria ter sido acautelado aquando da privatização da empresa.

“Quando privatizaram deviam calcular estas situações. Agora, a população precisa, mesmo no serviço residual que os CTT pratica. E nesse serviço residual é forçoso que as pessoas tenham esse serviço. Se nas Olaias retirarem aquilo, ficamos só com Alameda para servir aquela população toda”, criticou Fernando Braamcamp.

Num esclarecimento enviado às redações, os CTT referiram que o encerramento de 22 lojas situadas de norte a sul do país e nas ilhas "não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente".

Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira, Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente, Socorro (Lisboa), Riba de Ave, Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde, Filipa de Lencastre (Belas), Olaias (Lisboa), Camarate, Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Porto), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede, Aldeia de Paio Pires e Arco da Calheta (Madeira).

Os CTT adiantam que, numa primeira fase, o encerramento das 22 lojas está sob "consulta" da Comissão de Trabalhadores, "seguindo-se então o contacto com as entidades locais".