Segundo a mesma fonte, o doente deu entrada naquela unidade hospitalar na terça-feira com um diagnóstico inicial de pneumonia.

"Imediatamente se procedeu às diligências normais nesta situação, que é fazer o inquérito epidemiológico", acrescentou.

A fonte da ARSC adiantou ainda que se trata de um caso isolado, que "veio de fora para o hospital, pelo que não se pode falar em surto".

Esta manhã a Direção-Geral da Saúde (DGS) diagnosticou mais dois casos de 'legionella' ligados ao surto no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, que infetou até agora 56 pessoas, cinco das quais morreram.

De acordo com um comunicado da DGS, os dois doentes, diagnosticados na passada segunda-feira, iniciaram sintomas a 13 e 16 de novembro.

“Estes doentes foram alvo de investigação epidemiológica para apurar toda a evolução da doença. Por este motivo, estiveram anteriormente classificados ‘em investigação'”, refere o comunicado da DGS.

As autoridades consideram que “estes dois casos não significam o recrudescimento do surto” pois referem-se a doentes “cuja exposição à fonte de infeção foi anterior à tomada de medidas que interromperam a emissão de aerossóis”.

“Tendo em conta que a fonte emissora de aerossóis do Hospital de São Francisco Xavier foi encerrada no dia 04 de novembro, considera-se que estes casos se encontram ainda no período de incubação descrito na literatura médica, que pode ultrapassar os 10 dias”, explica a DGS.

“Poderão surgir casos isolados com eventual ligação a este surto. Estes eventuais casos, sempre excecionais, terão de aguardar por resultados analíticos para poder tirar-se conclusões”, acrescenta.

Os dois doentes, com idades superiores a 80 anos, com historial de doença crónica grave e fatores de risco, encontram-se internados em enfermaria, um no Hospital de São Francisco Xavier e outro no Hospital Egas Moniz, com situação clínica estável.

O surto de ‘legionella’ no Hospital São Francisco Xavier infetou pelo menos 56 pessoas com a Doença dos Legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia.

Das pessoas infetadas com a doença, todos com doença crónica e/ou fatores de risco, dois continuam internados nos cuidados intensivos e 14 na enfermaria. A maioria dos doentes (68%) têm idade igual ou superior a 70 anos.

A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.