A liberdade provisória de Torres foi concedida pelo juiz Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), que o autorizou a sair da prisão mediante o cumprimento de medidas cautelares como o uso de pulseira eletrónica, permanecer no Distrito Federal e não sair de casa à noite e ou ao fim de semana.

Torres, um aliado próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro, é investigado por omissão já que comandava a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, que tem a função de proteger edifícios públicos na capital brasileira, mas no dia dos ataques, além de não ter organizado um plano de segurança, estava em Orlando com a família antecipando férias oficialmente marcadas para dia 9 de janeiro.

Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram em 08 de janeiro as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.

A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do anterior presidente, derrotado por Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios para exigir que o novo Governo fosse derrubado.

Após os atos de vandalismo, o STF afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, já de volta ao cargo, considerando que tanto o governador como Torres terão atuado com negligência e omissão.

A justiça brasileira também investiga Jair Bolsonaro para esclarecer se este teve participação na instigação dos ataques, e também estão a ser investigados funcionários públicos e outras autoridades suspeitas de omissão ou de facilitação daquelas ações.