“Era possível na Madeira, por exemplo, que os madeirenses estivessem a pagar muito menos IVA”, disse, sublinhando que o executivo do arquipélago, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, tem poder para reduzir os impostos através da aplicação do diferencial máximo de 30%.

Rui Rocha falava numa iniciativa de campanha da candidatura da Iniciativa Liberal às eleições regionais de 24 de setembro, encabeçada por Nuno Morna, junto a uma grande superfície, no Funchal.

“E agora — deixem-me dizer –, com alguma hipocrisia, o PSD vem a nível nacional dizer que quer baixar impostos, mas aqui, onde tem o poder, aqui onde tinha a possibilidade de baixar impostos, não o fez”, alertou.

O líder da IL realçou que a posição do partido sobre a “necessidade de baixar impostos” sempre foi “muito clara” e é válida tanto para o continente como para a Madeira, onde conta eleger um grupo parlamentar.

“É essa a nossa ambição”, assumiu, para logo acrescentar: “Nós temos muita ambição porque queremos mesmo transformar a Madeira, para [ser] uma região mais próspera, uma região mais ambiciosa, onde o sucesso é valorizado, onde as pessoas têm liberdade para crescer em termos políticos, em termos económicos, em termos sociais.”

Rui Rocha disse, por outro lado, que a Iniciativa Liberal não tem “nenhuma intenção de participar em nenhum entendimento” pré-eleitoral, mas, no caso de eleger deputados, avaliará cada medida em debate no parlamento “pelo seu mérito”.

“Não nos importa quem propõe, quem não propõe. O que nos importa é olharmos para cada uma das medidas que estiver em discussão e o grupo parlamentar da Iniciativa Liberal avaliará, com certeza com bom senso, sempre numa perspetiva de crescimento económico, crescimento social e crescimento político da região”, disse.

A IL concorreu pela primeira vez às eleições regionais em 2019, sem conseguir qualquer mandato.

As legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.

Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.