A iniciativa, apresentada pelo partido com o objetivo de “fazer o diagnóstico do estado da educação em Portugal e apresentar políticas alternativas”, começa hoje com uma reunião do líder social-democrata com as nove organizações sindicais de professores e educadores que integram a plataforma sindical formada no ano passado.

Assim, a partir das 14:30, Montenegro reúne-se na sede nacional do PSD com representantes das nove estruturas, em que se incluem a Fenprof (Federação Nacional dos Professores) e FNE (Federação Nacional de Educação).

De acordo com fonte do partido, também foi convidado o Stop (Sindicato de Todos os Profissionais da Educação), mas esta estrutura invocou dificuldades de agenda para não participar na reunião.

Pelas 17:00, o presidente do PSD reúne-se com a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), visitando na quinta-feira de manhã a Escola Secundária Rainha D.ª Amélia, em Lisboa.

Na sexta-feira, Montenegro visitará a Escola Tecnológica, Artística e Profissional (ETAP) de Pombal (Leira), onde tem previsto um almoço na cantina e uma reunião, mais tarde, com autarcas.

Para sábado, está prevista uma reunião de trabalho do Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD na área da educação, no Porto, com a iniciativa a terminar com uma conferência com o tema “Educação: Encontros sobre o Futuro”, no Teatro Rivoli, que será encerrada por Luís Montenegro.

A conferência debaterá temas como o pré-escolar, os novos modelos de ensino ou o que é hoje “Ser Professor”, contando entre os oradores com o secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), Pedro Barreiros, os investigadores e docentes universitários Susana Peralta e Pedro Freitas ou o antigo conselheiro do Conselho Nacional de Educação Alexandre Homem Cristo.

Nas últimas semanas, Montenegro tem responsabilizado o Governo por o ano letivo ter arrancado com “quase 100 mil alunos” sem professor, alegando que a falta de docentes no país se tem agravado anualmente.

Sobre a principal reivindicação dos professores nos últimos anos — a recuperação integral dos seis anos, seis meses e 23 dias de serviço não contabilizados pelo Governo no âmbito do descongelamento das carreiras -, o presidente do PSD defendeu, em fevereiro no Congresso dos TSD, a “recuperação do tempo possível” e apelou ao Governo e aos sindicatos para que encontrem “um equilíbrio”.

Depois disso, já exortou o primeiro-ministro, António Costa, a tomar em mãos o processo dos professores, considerando que o ministro da Educação, João Costa, “não tem argumentos” para superar esta instabilidade.

“Nós vemos o primeiro-ministro dizer que a recuperação desse tempo custa uma coisa, o ministro diz que custa outra, há responsáveis do ministério que vão avançando para a imprensa números que são muito díspares, nós precisamos de alguém que ponha ordem na casa. Neste momento acho mesmo que só o primeiro-ministro pode resolver o problema”, afirmou, em março, em Vila Real.