“Sempre fomos claros e eu fico muito contente que a Assunção [Cristas] tenha sido clara, primeiro o CDS tem de fazer o seu caminho para que haja uma maioria de 116 deputados de centro-direita”, afirmou , em declarações aos jornalistas, à margem no 27.º Congresso do partido, que decorre até domingo, em Lamego.

Questionado se existe algum “problema” do CDS-PP com o PSD, Nuno Magalhães recusou tal ideia, sublinhando que o adversário dos centristas é “o PS e a maioria das esquerdas”.

Por isso, continuou, o CDS-PP tudo irá fazer para que seja alcançada uma maioria de 116 deputados na Assembleia da República, para fazer “um Governo de dois partidos de centro-direita que não fingem que se entendem, que se entendem sem artificialismos, sem teatrinho”, sem fingir que é oposição “à segunda, quarta e sexta”, e que é Governo “à terça, quinta e sábado”.

“Os portugueses sabem isso, sempre que nos deram capacidade em momentos muito difíceis para assumir o Governo, CDS e PSD souberam fazer das suas divergências, convergências, com ideias diferentes, histórias diferentes e pessoas diferentes conseguiram fazer Governos coesos”, sublinhou, lembrando o último executivo liderado por Pedro Passos Coelho, que “salvou o país da bancarrota”.

“Cada um tem de fazer o seu caminho, as maiores felicidades para o PSD, o CDS vai trabalhar por si próprio”, acrescentou.

Nuno Magalhães deixou ainda elogios ao “belíssimo discurso” da líder do partido, que falou sobre os objetivos do CDS-PP nos próximos dois anos, mas também soube galvanizar o Congresso,

“Galvanizou, mobilizou e entusiasmou o congresso; é fundamental num líder também”, afirmou, considerando que agora é preciso “ir para a rua e trabalhar”.

Também em declarações aos jornalistas, o deputado António Carlos Monteiro deixou igualmente elogios ao primeiro discurso de Assunção Cristas no Congresso do CDS-PP, destacando as propostas concretas que apresentou e a ambição mostrada de disputar a “primeira linha”.

“Essa deve ser a nossa ambição, mas é preciso trabalhar, nenhum partido é dono dos votos, temos de os merecer”, referiu.