"O Instituto Português do Mar e da Atmosfera informa que no dia 17-08-2017 pelas 07:44 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 4,3 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 4 km a Este-Nordeste de Sobral de Monte Agraço", pode ler-se na página do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

“Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima IV (escala de Mercalli modificada) na região de Sobral de Monte Agraço. Foi sentido ainda com menor intensidade em Lisboa”, refere a última informação do IPMA.

O organismo atualizou os dados já que inicialmente tinha indicado que o sismo tinha sido sentido com intensidade III (escala de Mercalli modificada).

A escala de Mercalli tem 12 níveis, entre o impercetível e danos quase totais. O nível IV corresponde a um sismo Moderado nesta escala.

“Os objetos suspensos baloiçam. A vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados ou à sensação de pancada duma bola pesada nas paredes. Carros estacionados balançam. Janelas, portas e loiças tremem. Os vidros e loiças chocam ou tilintam. Na parte superior deste grau as paredes e as estruturas de madeira rangem”, de acordo com informação do IPMA, caracterizando este nível da escala de Mercalli modificada.

Os bombeiros voluntários de Sobral de Monte Agraço disseram à Lusa que apesar de “muito sentido”, o tremor não originou pedidos de ajuda.

“Foi um pouco assustador. Os vidros à voltam tremeram todos, até achei que fossem partir”, disse à Lusa Daniela Cardoso, bombeira voluntária daquela corporação, que acrescentou que o abalo foi sentido entre cinco a dez segundos.

Fernando Carrilho, sismólogo do IPMA, em declarações à RTP, referiu que este sismo, num raio de 50 km da zona epicentral, foi o maior dos últimos 45 anos.

Os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequeno (2,0-2,9), pequeno (3,0-3,9), ligeiro (4,0-4,9), moderado (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grande (7,0-7,9), importante (8,0-8,9), excecional (9,0-9,9) e extremo (superior a 10).

Pode acompanhar a atividade sísmica em Portugal através do site do IPMA.

A atividade sísmica é dividida ao longo das falhas, zonas de rutura na rocha, em geral perto dos limites das placas tectónicas. Estas gigantes placas entram em atrito e afundam uma sobre a outra. A energia é armazenada então ao longo das falhas. Quando o limite de resistência é atingido, há uma rutura. A energia acumulada é libertada e um terramoto acontece.  Após o tremor principal, começam as réplicas. Veja o vídeo para saber mais:

(Notícia atualizada às 10:50)

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