“Neste aniversário, temos de renovar a nossa determinação”, afirmou Rishi Sunak, num comunicado divulgado na sexta-feira à noite.

“Agora é o momento de mostrar que a tirania nunca triunfará e de dizer mais uma vez que estaremos ao lado da Ucrânia agora e no futuro. Estamos preparados para fazer o que for preciso, durante o tempo que for preciso, até que (a Ucrânia) prevaleça”, acrescentou o chefe do Governo britânico.

Londres, que é um dos principais apoiantes de Kiev, anunciou recentemente que ia aumentar a sua ajuda militar à Ucrânia para 2,5 mil milhões de libras (2,9 mil milhões de euros) para 2024/2025.

Em meados de janeiro, durante uma visita a Kiev, o Primeiro-Ministro britânico anunciou a assinatura de um acordo de segurança de dez anos entre o Reino Unido e a Ucrânia, saudado como “sem precedentes” pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Também na quinta-feira, o Reino Unido anunciou novas sanções contra a Rússia e novas entregas de mísseis aos ucranianos.

A ajuda militar anunciada hoje tem como objetivo “revigorar as cadeias de abastecimento para produzir as munições de artilharia de que a Ucrânia necessita urgentemente para aumentar a sua capacidade de resposta”, afirmou o ministério da Defesa do Reino Unido em comunicado.

O exército ucraniano “repeliu os invasores russos e recuperou metade do território que Putin roubou, ao mesmo tempo que causou danos significativos às capacidades russas, com cerca de 30% da frota russa do Mar Negro destruída ou danificada, e milhares de tanques e veículos blindados reduzidos a destroços”, disse o secretário da Defesa britânico, Grant Shapps.

Enfraquecido pelo bloqueio da ajuda americana, pelo fracasso da sua contraofensiva de verão e por uma crescente escassez de homens e munições, o exército ucraniano enfrenta uma situação “extremamente difícil”, segundo o próprio Presidente Volodymyr Zelensky, que há uma semana foi obrigado a ceder a cidade-fortaleza de Avdyivka, no leste do país.

Além dos milhares de drones já prometidos, Grant Shapps disse no Parlamento que serão entregues em breve ao exército ucraniano 200 mísseis antitanque Brimstone, afirmando que este tipo de arma teve “um impacto significativo no campo de batalha”.

O ministério dos Negócios Estrangeiros anunciou ainda uma ajuda de seis milhões de libras à Cruz Vermelha e de 2,5 milhões de libras ao Fundo Humanitário para a Ucrânia.

“Os ucranianos estão a defender corajosamente o seu território contra a brutal invasão russa, mas os últimos dois anos tiveram um impacto trágico em milhões de pessoas em toda a Ucrânia”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, num comunicado.

“As famílias foram separadas, as cidades e as aldeias dizimadas e as infraestruturas civis vitais destruídas. O Reino Unido está ao lado da Ucrânia e está empenhado em apoiar os ucranianos mais vulneráveis que estão a viver os horrores desta guerra”, acrescentou.

De acordo com Londres, mais de 14,6 milhões de pessoas, ou seja, 40% da população ucraniana, necessitarão de ajuda humanitária em 2024, que atingirá 8,5 milhões de libras, que fazem parte de 357 milhões de libras (417,8 milhões de euros) de ajuda humanitária atribuídos desde o início da invasão pelo Reino Unido, que gastou cerca de 12 mil milhões de libras (14 mil milhões de euros) na Ucrânia em todos os tipos de ajuda.