Segundo o presidente da Câmara, Miguel Alves, o documento "é marcado pela grande capacidade de investimento - 7, 5 milhões de euros - na parte da despesa e pela exigência na parte das receitas, prevendo um aumento do IMI e a atualização das tarifas de água e saneamento".

"O investimento aumenta 8,9 pontos percentuais relativamente ao ano anterior, correspondendo a 30% de toda a despesa prevista para o ano de 2019. Neste investimento incluem-se obras tão importantes como a reabilitação urbana da zona da Sandia e Vista Alegre, em Vila Praia de Âncora, a requalificação do centro histórico de Caminha, a nova escola secundária Sidónio Pais", entre outros.

"Depois de cinco anos a diminuir despesa, depois de termos cortado, em média, 1,5 milhões de euros por ano relativamente ao que acontecia no passado, não conseguimos ir mais longe sem pedir um esforço às pessoas. A receita da Câmara só aumenta se aumentarem os impostos ou as tarifas que cobramos e, é isso que vamos ter que fazer", afirmou à Lusa o autarca socialista.

Miguel Alves referiu ainda que "depois de anos a cortar sobre cortes, este é o único caminho para ir diminuindo a dívida que se acumula há mais de uma década e é a única possibilidade de assegurar que o município continua a fazer o seu trabalho na educação, na ação social, no apoio às freguesias e na realização do investimento que é necessário".

Já os três vereadores do PSD, José Presa, Paulo Pereira e Liliana Silva consideraram que o dia de hoje "ficará na história democrática do município de Caminha como sendo a data em que o executivo socialista, usando da mesma retórica do passado, apresenta um orçamento onde diz que a despesa iguala a receita".

"Maquilhar os orçamentos e denegrir os do passado sempre foi a arte ou a artimanha política da maioria socialista no argumentário que prefacia todos os orçamentos apresentados sob a sua responsabilidade", sustentam.

A bancada do PSD acrescentou que "uma vez mais, orçamento não tem estratégia e que continuará a hipotecar o futuro de todos os caminhenses".

"Este orçamento para 2019 é um autêntico exercício teórico que não prevê a despesa toda e que empola a receita de forma brutal", defenderam.